O que é Estresse?

O estresse é uma resposta natural do corpo para enfrentar situações que são consideradas desafiadoras ou ameaçadoras.

De maneira natural, nosso organismo gera uma resposta fisiológica, liberando hormônios como adrenalina e cortisol para preparar o corpo para uma ação.

Os batimentos cardíacos aumentam, a respiração e a pressão arterial também, mantendo o cérebro em constante alerta e em alto nível de concentração.

Sendo assim, podemos dizer que a reação orgânica de estresse é benéfica, podendo, muitas vezes, no manter a salvos ou preparados para lidar com as urgências e desafios diários.

O risco existe quando temos a ativação persistente desses mecanismos de estresse. Ou seja, quando vivemos sob constante pressão e precisamos a todo instante de mais energia, adrenalina e outros produtos químicos derivados do metabolismo do estresse para conseguirmos estar atentos para dar conta de tudo.

Nessas condições, o corpo pode entrar em exaustão, desenvolvendo o chamado estresse crônico, que pode acarretar em muitos problemas sérios a nossa saúde.

Quais são os sinais de estresse no corpo?

- Tensão muscular:

O estresse pode levar à contração dos músculos, especialmente nas áreas do pescoço, ombros e mandíbula.

Essa é uma resposta natural do corpo diante de uma situação estressante e ansiedade e ela está diretamente ligada à resposta de luta ou fuga do corpo.

Entendendo que precisa se proteger, liberamos adrenalina, o hormônio do estresse que prepara o corpo para uma resposta e uma dessas maneiras é a contração muscular.

- Dores de cabeça:

O estresse pode desencadear dores de cabeça. A persistente ativação do estresse leva o cérebro a um nível de concentração muito alto, porém que dura poucos minutos. Após esse episódio, podemos sentir dores de cabeça muito forte.

Inclusive, devido à tensão muscular causada nos ombros e pescoço, mencionada no tópico anterior, pode gerar dores de cabeça tensionais.

Essas dores de cabeça podem durar horas ou dias, dependendo do grau de tensão.

- Problemas digestivos:

O estresse pode afetar também o sistema digestivo, gerando dores abdominais, alterações nos padrões de evacuação, além de náuseas e vômitos.

Quando o estresse já se tornou constante, ou seja, parte do dia a dia, ele pode aumentar o ácido gástrico, o que pode gerar úlceras, gastrite e azia.

- Mudanças no apetite:

As mudanças no apetite são outro sintoma do estresse e podem variar na maneira de se manifestar, dependendo de cada pessoa. Enquanto em algumas podem gerar mais apetite, em outras podem gerar a perda.

Diante de uma situação estressante, o corpo pode liberar somente os hormônios de “luta ou fuga” direcionando as suas energias somente a funções vitais como o coração e o músculo ou, acabar liberando também o hormônio grelina, responsável por aumentar o apetite.

- Problemas de sono:

Quando em constante estresse, o corpo libera os hormônios de adrenalina e cortisol que mantêm o organismo em vigilância, tornando mais difícil relaxar e ter a condição de dormir.

Além disso, o estresse tende a gerar pensamentos intrusivos, que levam também a sensação de atenção, o que pode dificultar o sono.

Como o acúmulo das atividades desgasta a capacidade cognitiva?

Em uma era de constante conexão e uma situação onde a produtividade precisa estar sempre acima da média, é comum enfrentarmos uma rotina marcada pela sobrecarga de tarefas e responsabilidades.

A pressão para lidar com prazos, manter um alto desempenho e conciliar múltiplos papéis pode levar a um acúmulo de estresse que afeta diretamente a capacidade cognitiva.

- Dificuldade de concentração:

Quando o corpo está sob constante estresse, devido ao acúmulo de atividades, ele passa a entrar em um estado de alerta. Assim, o cérebro passa a se concentrar apenas em ações que são notadas como ameaçadoras, o que faz com que a concentração em tarefas consideradas menos urgentes piore.

- Prejudica a memória de curto prazo:

Quando uma pessoa recebe uma grande quantidade de informação ou informações em um período de tempo muito curto, o cérebro precisa processar e solicitar uma quantidade muito grande de dados do que faria normalmente.

A memória de curto prazo é caracterizada por reter, no máximo, até sete informações, mas somente duas informações por vez. Quando essa quantidade é aumentada, ele começa a ter maior dificuldade de reter esses dados.

- Dificuldade de tomar decisões:

Por estar sobrecarregado de informação, pode ser mais desafiador para o cérebro determinar quais ações são as mais urgentes ou importantes e que precisam ser realizadas.

Diante de uma demanda grande, a falta de clareza de quais tarefas precisam de mais atenção imediata leva a indecisão e tomadas de decisões equivocadas.

- Fadiga mental:

Assim como os músculos do corpo podem ficar fatigados após um treino intenso, a mente também pode ficar cansada depois de um período prolongado de atividade mental.

A fadiga mental acontece principalmente quando as tarefas exigem muito do psicológico ou são emocionalmente desafiadoras.

Normalmente, a fadiga mental decorre a partir de sintomas como dificuldade de se manter concentrado e de pensar de maneira clara.

- Redução da eficiência:

Depois de um longo tempo sob pressão devido ao acúmulo de atividades, tarefas que eram consideradas simples de serem feitas, se tornam complexas.

Por não ter tido tempo de estabelecer prioridades, o cérebro tenta realizar todas as atividades que devem ser finalizadas ao mesmo tempo, o que também reduz a eficiência.

Assim sabemos que o estresse crônico é altamente prejudicial a nossa saúde, e se não decidirmos mudar nossos hábitos, comportamentos e pensamentos, podemos ser consumidos por esses sintomas devastadores a nós.